Beatrice Teizen   |   16/11/2020 11:11

Iata cria guia com orientações para distribuição da vacina

Material da entidade ajudará a garantir que a indústria de carga aérea esteja pronta para a logística

A Iata acaba de divulgar orientações para garantir que a indústria de carga aérea esteja pronta para apoiar o manuseio, transporte e distribuição em grande escala de uma vacina contra covid-19. O guia da entidade, disponível neste link, fornece recomendações para governos e a cadeia de fornecimento de logística em preparação para o que será a maior e mais complexa operação de logística global já realizada.

Pixaba/Arek Socha
Iata cria guia com orientações para distribuição da vacina contra covid-19
Iata cria guia com orientações para distribuição da vacina contra covid-19
Refletindo a complexidade do desafio, o guia foi produzido com o apoio de uma ampla gama de parceiros, incluindo a Icao, a Federação Internacional de Associações de Transitários (Fiata), Federação Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas (IFPMA) ), Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido, Banco Mundial, Organização Mundial das Alfândegas (WCO) e Organização Mundial do Comércio (OMC).

O material inclui um repositório de normas e diretrizes internacionais relacionadas ao transporte de vacinas e será atualizado regularmente à medida que as informações forem disponibilizadas para a indústria. Acompanhando a orientação, a Iata estabeleceu um fórum conjunto de compartilhamento de informações para as partes interessadas.

“Distribuir bilhões de doses de uma vacina que deve ser transportada e armazenada em um estado ultracongelado para todo o mundo com eficiência envolverá desafios logísticos extremamente complexos em toda a cadeia de abastecimento. Embora o obstáculo imediato seja a implementação de medidas de teste para reabrir as fronteiras sem quarentena, devemos estar preparados para quando uma vacina estiver pronta. Este material de orientação é uma parte importante desses preparativos”, diz o diretor geral e CEO da associação, Alexandre de Juniac.

Os principais desafios abordados no guia da Iata para a distribuição e logística da vacina incluem:

  • A disponibilidade de instalações de armazenamento com temperatura controlada e contingências quando tais instalações não estiverem disponíveis
  • Definição de papéis e responsabilidades das partes envolvidas na distribuição de vacinas, particularmente autoridades governamentais e ONGs, para ajudar na distribuição segura, rápida e equitativa da forma mais ampla possível
  • Preparação da indústria para distribuição de vacinas, que inclui:
    • Capacidade e conectividade: A rede global de rotas foi reduzida drasticamente dos 22 mil pares de cidades anteriores à covid-19. Os governos precisam restabelecer a conectividade aérea para garantir que haja capacidade adequada para a distribuição de vacinas.
    • Instalações e infraestrutura: O primeiro fabricante de vacinas a solicitar aprovação regulatória exige que a vacina seja enviada e armazenada em um estado ultracongelado, tornando essenciais as instalações de armazenamento ultrafrio em toda a cadeia de abastecimento. Alguns tipos de refrigerados são classificados como mercadorias perigosas e os volumes são regulamentados, o que adiciona uma camada adicional de complexidade. As considerações incluem a disponibilidade de instalações e equipamentos com temperatura controlada e equipe treinada para lidar com vacinas sensíveis ao tempo e à temperatura.
    • Gestão de fronteiras: Aprovações regulatórias oportunas e armazenamento e liberação pelas autoridades alfandegárias e de saúde serão essenciais. As prioridades para os processos de fronteira incluem a introdução de procedimentos acelerados para sobrevoo e autorização de pouso para operações que transportam a vacina e o alívio tarifário potencial para facilitar a movimentação do produto.
    • Segurança: As vacinas são produtos altamente valiosos. Devem ser tomadas providências para garantir que as remessas permaneçam protegidas contra violação e roubo. Os processos já estão em vigor, mas o grande volume de remessas de vacinas exigirá um planejamento antecipado para garantir que sejam escalonáveis.

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