Leonardo Ramos   |   21/05/2018 13:23

Para especialistas, sumiço de avião da Malaysia foi planejado por piloto

Piloto teria planejado desaparecimento do voo da Malaysia como forma de suicídio e assassinato dos passageiros e tripulantes

Do gospelherald.com
Orações pelos desaparecidos no voo da Malaysia em 2014
Orações pelos desaparecidos no voo da Malaysia em 2014

Uma nova teoria para o desastre aéreo do voo MH 370 da Malaysia Airlines, ocorrido em 2014, foi transmitida no início deste mês no programa de televisão 60 Minutes, do Channel 9, e pode enfim ter solucionado o caso que há quatro anos segue sendo um mistério do transporte aéreo.

De acordo com cinco especialistas em aviação encabeçados por Martin Dolan, que na época da queda era Comissário Chefe do Departamento de Segurança de Transportes da Austrália e conduziu as investigações por dois anos, o capitão do voo, o malaio Zaharie Amhad Shah, teria deliberadamente evitado o radar por horas para garantir que o avião nunca fosse encontrado.

Um dos argumentos é que Boeing 777-200ER que partiu de Kuala Lumpur, capital da Malásia, para Pequim, na China, seguiu uma direção completamente oposta, para o sul do Oceano Índico, após desligar o transponder que informava sua localização, 38 minutos após a decolagem. Destroços foram encontrados anos depois na Ilha da Reunião, pertencente à França, e ainda em Moçambique e Tanzânia, ambos na costa leste da África, a milhares de quilômetros de distância do local da decolagem.

A construção de um simulador de voo caseiro encontrado na casa do piloto Amhad Shah é outro indício de que ele teria planejado desaparecer com o avião antes de derrubá-lo.

O B777 levava 227 passageiros e 12 tripulantes, e teria sobrevoado por sete horas o Oceano Índico antes de cair em local ainda indeterminado no Índico, de forma deliberada em ato de assassinato e suicídio de Amhad Shah.

Martin Dolan e os outros quatro especialistas devem reexaminar as provas para identificar indícios que comprovem a teoria, mas, em 2016, o primeiro-ministro da Malásia, Malcolm Turnbull, já havia dito que era “muito provável que o capitão planejasse esse evento chocante”, após testes em simuladores.

"Acho que o público em geral pode se consolar com o fato de que há um crescente consenso sobre os momentos finais do avião", comentou ainda Larry Vance, ex-investigador sênior do Transportation Safety Board do Canadá e um dos especialistas que fazem parte da investigação.

Completam a equipe de especialistas o capitão Simon Hardy, piloto especializado em B777 e instrutor de voo; o capitão John Cox, especialista em segurança da aviação, instrutor de voo e piloto de testes; e Charitha Pattiaratchi, professora de Oceanografia Costeira da University of Western Australia.

RESUMO DO CASO
Em 8 de março de 2014, o Boeing 777-200ER da Malaysia Airlines decolou de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino à Pequim, na China, com 239 pessoas a bordo. As pesquisas mostram que não houve transmissões recebidas do jato 38 minutos após o início do voo.

A partir de então, o mistério envolvendo a busca da aeronave ganhou destaque após serem iniciadas as buscas e os resultados não apresentarem sucesso. Os relatórios, porém, detalham que o B777 ainda voou por sete horas e sua última posição foi corrigida ao Noroeste de Sumatra pelos sistemas de vigilância que operavam naquela noite, seis horas antes do voo cair em algum local do sul do Oceano Índico.

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