Danilo Teixeira Alves   |   23/01/2019 09:55

Avianca Brasil apresentará programa de demissão voluntária

Avianca Brasil anuncia programa de demissão voluntária, após o fim dos voos internacionais para Miami, Nova York e Santiago


A Avianca Brasil apresentará hoje uma proposta de acordo coletivo de trabalho sobre um programa de licença não remunerada (LNR) e um programa de demissão voluntária (PDV). Essas dois programas serão oferecidos exclusivamente para aeronautas, ou seja, comissários de bordo e tripulação técnica (comandantes e co-pilotos de aeronaves). A informação foi confirmada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).

Ainda não se sabe quantos trabalhadores devem ser demitidos por conta da necessária readequação do tamanho da companhia, que deixará três destinos internacionais, Miami, Nova York e Santiago, em 31 de março. Também não há informação sobre quando os desligamentos deverão começar. A medida é encarada como um processo dentro da normalidade em empresas em recuperação judicial (não dá para ficar do tamanho atual se rotas serão cortadas e aviões devolvidos) e uma das mais importantes ações para a redução imediata de despesas.

O SNA convocou os aeronautas da Avianca Brasil para uma assembleia geral, que será realizada amanhã, na sede do sindicato, em São Paulo. O objetivo é prestar esclarecimentos sobre a situação da recuperação judicial da empresa e suas respectivas deliberações, incluindo os programas de licença não remunerada e de demissão voluntária que serão apresentados hoje.

Na semana passada, a empresa anunciou o fim de suas operações internacionais, com o cancelamento dos voos para Miami e Nova York, nos Estados Unidos, e Santiago, no Chile. Buenos Aires e Bogotá continuam operando porque são feitos em parceria com a Avianca Argentina e a Avianca Holdings, respectivamente.

Em dezembro de 2018, a Avianca Brasil foi responsável pelo transporte de 12,05% de passageiros em viagens pelo Brasil, segundo revelou a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A transportadora apresentou estabilidade no mês em que declarou pedido de recuperação judicial, pois no mesmo período de 2017, sua participação no doméstico foi de 13,24% (a companhia devolveu quatro aeronaves nesse mês de 2018).

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