Beatrice Teizen   |   05/11/2020 13:00

Iata registra queda de 73% na demanda de passageiros em setembro

Nível foi um pouco melhor em relação à queda de 75,2% ano a ano registrada no mês de agosto

A Iata acaba de divulgar que a demanda de passageiros em setembro continuou extremamente reduzida. A demanda total (medida em RPKs) ficou 72,8% abaixo dos níveis de setembro de 2019 – um pouco melhor em relação à queda de 75,2% ano a ano registrada em agosto. A capacidade diminuiu 63% em relação ao ano passado e a taxa de ocupação caiu 21,8 pontos percentuais, atingindo 60,1%.

Alex Suprun/Unsplash
Demanda total de passageiros (medida em RPKs) ficou 72,8% abaixo dos níveis de setembro de 2019, segundo Iata
Demanda total de passageiros (medida em RPKs) ficou 72,8% abaixo dos níveis de setembro de 2019, segundo Iata
A demanda internacional de passageiros no mês despencou 88,8% em relação ao mesmo período do ano passado, basicamente sem mudança em relação à queda de 88,5% registrada em agosto. A capacidade diminuiu 78,9% e, a taxa de ocupação, 38,2 pontos percentuais, atingindo 43,5%.

Já a procura doméstica em setembro caiu 43,3% em relação ao ano anterior, um pouco melhor que a queda de 50,7% registrada em agosto. Em relação a 2019, a capacidade encolheu 33,3% e a taxa de ocupação caiu 12,4 pontos percentuais, chegando a 69,9%.

"A nova onda de surtos de covid-19, particularmente na Europa e nos EUA, associada à decisão dos governos de manter medidas de quarentena na ausência de esquemas de teste alinhados globalmente, interrompeu a tendência de reabertura das fronteiras para viagens. Os mercados domésticos estão melhores, mas isso se deve principalmente às melhoras na China e na Rússia. E o tráfego doméstico representa um pouco mais de um terço do tráfego total, então isso não é o suficiente para sustentar uma recuperação geral", diz o diretor geral e CEO da entidade, Alexandre de Juniac.

MERCADOS INTERNACIONAIS
  • As companhias aéreas da Europa apresentaram queda de 82,5% na demanda de setembro em relação ao mesmo período do ano passado, que foi um retrocesso em comparação com a queda de 80,5% em agosto. A Europa foi a única região a apresentar queda no tráfego na comparação com agosto e isso se deve à nova onda de infecções que causaram fechamentos de fronteiras. A capacidade diminuiu 70,7% e a taxa de ocupação caiu 35,1 pontos percentuais, registrando 51,8%.

  • As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico relataram queda de 95,8% no tráfego de setembro em relação ao mês de 2019, quase igual à queda de 96,2% registrada em agosto. A região continua sofrendo com a pior queda no tráfego, pois as restrições aos voos permanecem rigorosas, com poucas fronteiras reabertas. A capacidade caiu 89,6% e a taxa de ocupação encolheu 46,8 pontos percentuais, atingindo 31,7%, a menor entre todas as regiões.

  • As companhias aéreas do Oriente Médio apresentaram declínio de 90,2% no tráfego em setembro, uma melhora em relação à queda de 92,3% na demanda de agosto. A capacidade caiu 78,5% e a taxa de ocupação diminuiu 40,9 pontos percentuais, chegando a 34,4%.

  • As companhias aéreas da América do Norte registraram queda de 91,3% no tráfego em setembro, uma pequena melhoria em relação ao declínio de 92% observado em agosto. A capacidade caiu 78,3% e a taxa de ocupação diminuiu 49,8 pontos percentuais, atingindo 33,4%.

  • As companhias aéreas da América Latina apresentaram queda de 92,2% na demanda de setembro em relação a 2019, um pouco melhor que a queda de 93,4% vista em agosto de 2020 versus 2019. A capacidade caiu 87,9% e, a taxa de ocupação, 29,3 pontos percentuais, chegando a 53,3%, a maior entre todas as regiões.

  • As companhias aéreas da África tiveram um declínio de 88,5% no tráfego de setembro, quase igual à queda de 88,7% registrada em agosto. A capacidade diminuiu 74,7% e a taxa de ocupação caiu 39,4 pontos percentuais, atingindo 32,6%, a segunda menor entre as regiões.

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