Artur Luiz Andrade   |   07/10/2021 11:10
Atualizada em 07/10/2021 22:45

American antecipa aumento de oferta e chega a 38 voos por semana no Brasil

Companhia americana antecipa aumento de oferta por conta da reabertura das fronteiras

PANROTAS / Emerson Souza
Alexandre Cavalcanti, da AA
Alexandre Cavalcanti, da AA
A American Airlines está otimista em relação à reabertura das fronteiras dos Estados Unidos para os 33 países ainda com restrições de entrada no país. Alguns voos que só se tornariam diários em dezembro (caso do Rio-Miami, hoje três vezes por semana) ou em março (São Paulo-Dallas) irão ter frequência diária já em novembro, sendo que a ligação GRU-MIA voltará aos dois voos por dia de antes de pandemia em dezembro, algo que não estava nos planos da American para este ano.

“Como já tínhamos falado no IPW para a PANROTAS, nosso plano B era tornar os voos atuais em diários e fomos além disso, colocando o São Paulo-Miami duas vezes por dia em dezembro (e 10 vezes por semana em novembro) e antecipando o diário para Dallas de março para dezembro”, explicou o diretor da American Airlines para o Brasil, Alexandre Cavalcanti, em nova entrevista ao Portal PANROTAS.

Segundo ele, a American chegará, em algumas semanas de dezembro, a 38 voos por semana, incluindo o sazonal Rio-Nova York, que será operado, por B777-200s, de dezembro a março de 2022, a partir do dia 16 de dezembro.

Com a antecipação das frequências, a American terá a seguinte operação no Brasil:

São Paulo-Miami: 10 frequências semanais a partir de 7/11 e dois voos diários em 2/12, aos domingos, terças e sextas-feiras, na parte da noite.
São Paulo-Dallas: Diário em 16/12
São Paulo-Nova York: Volta em 30/10, já com operação diária
Rio-Miami: Diário em 3/11
Rio-Nova York: 3 vezes por semana (domingos, terças e sextas-feiras), de dezembro a março, a partir de 16/12


RETOMADA COM A GOL
Segundo Alexandre Cavalcanti, essa oferta é um avanço em relação ao pré-pandemia. A American tinha 50 voos por semana antes da crise, mas de acordo com ele Brasília-Miami e São Paulo-Los Angeles já sairiam da malha por questões de rentabilidade. Manaus-Miami foi uma vítima da pandemia e também não volta mais.

Uma segunda explicação para a concentração da American em São Paulo e no Rio, além da questão do resultado financeiro dos voos, é a parceria estratégica com a Gol.

A ideia é usar os voos domésticos da Gol para alimentar as ligações para os Estados Unidos a partir de São Paulo e Rio e ainda ter codeshare nos voos que a empresa brasileira irá retomar para os Estados Unidos. Antes da pandemia, a Gol operava voos de Brasília e do Nordeste para cidades americanas, como Orlando e Miami. Ainda não se sabe quando e como essa operação voltará, mas a Gol já anunciou a volta dos voos internacionais para novembro.

A American já tem código compartilhado em mais de 80 voos domésticos da Gol e a intenção é aumentar para todos os que possibilitarem uma conexão boa com a malha da AA. “São malhas complementares e que nos fazem ter um alcance nunca tido no Brasil”, afirma Cavalcanti. No passado, a empresa chegou a quase 100 operações semanais, incluindo cidades do Sul e do Nordeste.

QUAL A DATA?
O governo americano anunciou que abrirá as fronteiras em novembro, mas ainda não se tem uma data específica ou as regras detalhadas, o que deve sair nos próximos dias. Na semana do anúncio, no mês passado, a American sentiu efeitos imediatos na central de reserva e na loja, com mais de 130% de aumento de consultas na primeira e 200% na segunda. Já se sabe que os turistas precisarão estar vacinados e apresentar um teste negativo para covid-19, além de preencherem um formulário com contatos detalhados.

Muitos passageiros estão arriscando uma data e a American continua com sua política de flexibilização de regras tarifários em vigor na pandemia.

Segundo Cavalcanti, os consulados americanos no Brasil devem reabrir na mesma época em que as fronteiras e só aí se saberá o ritmo que o mercado terá nas renovações e concessões de visto. Não houve, até o momento, de acordo com ele, aumento nas tarifas aéreas para os Estados Unidos.

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