Filip Calixto   |   30/06/2022 11:27   |   Atualizada em 30/06/2022 11:54

Tarifa aérea chega a dobrar entre janeiro e maio, aponta TMC

Estudo analisou três trechos nacionais em destinos do Sudeste, Nordeste e Sul

Entre janeiro e maio deste ano as tarifas aéreas chegaram a dobrar de valor, mesmo em compras antecipadas. É isso que conclui um levantamento divulgado pela Kennedy Viagens Corporativas. De acordo com o estudo – que analisou três trechos nacionais em destinos do Sudeste, Nordeste e Sul –, o aumento médio rondou os 50%, mas chegou a 100% em alguns momentos.

Briana Tozour/Unsplash
Viajar de avião ficou mais caro entre janeiro e maio, segundo aponta estudo da Kennedy Viagens Corporativas
Viajar de avião ficou mais caro entre janeiro e maio, segundo aponta estudo da Kennedy Viagens Corporativas
A análise leva em conta o preço médio das rotas calculado com base nas compras realizadas dos clientes da Kennedy e com diferença de 11% de desconto em relação à tarifa do site da própria companhia aérea.

De acordo com essas condições, o levantamento foi feito levando em conta três trechos, em todos os cenários partindo de São Paulo. Os destinos observados foram: Curitiba, Vitória e Imperatriz (MA).

Nessas opções de voo, o trecho com maior alta foi o que ligava a capital paulista a Curitiba. Essa rota teve alta de 105,3% de janeiro de 2022 até maio de 2022. Na conexão de São Paulo com Vitória, a tarifa aumento 55,89% no mesmo período. E o voo para Imperatriz, no Maranhão, ficou 44,04% mais caro na mesma época.

O estudo endossa alguns outros números apontados recentemente pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que mostravam alta de 21% no primeiro trimestre deste ano.

ANÁLISE
O CEO da Kennedy Viagens Corporativas, Leonardo Bastos, avalia que é possível driblar o crescimento contínuo nos preços com uma compra programada. "A precificação da companhia é baseada na comparação entre antecedência percentual vendido. Ou seja, imagine um voo específico que acontecerá daqui a seis meses. Vamos imaginar que seja 10%. Se a aérea vendeu apenas 8%, ela tende a precificar a passagem mais barata, para que chegue mais rápido ao orçamento previsto", exemplifica.

"Agora, se seis meses antes do voo a companhia vender 15% dos assentos, por exemplo, o preço da passagem será mais caro. Essa precificação é realizada de forma automática por algoritmos e vale para todos os voos disponíveis", acrescenta.

Comprar trecho a trecho é outra dica de Bastos. "Quando a passagem está com um preço médio bastante elevado, essa é uma saída bastante utilizada. Desta forma, a compra é quebrada em duas partes com o objetivo de economizar no preço final. Esse processo tem um detalhe importante: ao comprar trecho separado, a pessoa teria que desembarcar no aeroporto para embarcar novamente. Por isso, uma dica valiosa é comprar com prazo superior a uma hora. Mas, caso a viagem seja curta e a pessoa esteja levando só a bagagem de mão, não será necessário sair do salão de embarque para embarcar de novo", conclui.

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