Filip Calixto   |   23/03/2020 17:49   |   Atualizada em 23/03/2020 18:28

Hotéis e restaurantes de SP selam acordo para preservar empregos

Seis entidades de classe assinaram o acordo com a secretaria de turismo do Estado de São Paulo.

Emerson Souza
Vinicius Lummertz, secretário de Turismo de São Paulo
Vinicius Lummertz, secretário de Turismo de São Paulo
Seis entidades de classe, de empregados e empregadores de diversos segmentos de Turismo e alimentação, como hotéis, pousadas, restaurantes, bares e similares da região metropolitana de São Paulo e municípios próximos, entraram em acordo para diminuir os impactos econômicos da expansão do novo coronavírus na região. O segmento, que reúne cerca de cem mil estabelecimentos, apenas nas proximidades da capital paulista, teve redução de 80% em suas atividades.

"A nossa preocupação imediata é preservar a vida e a saúde de todos. Porém, temos de ter responsabilidade para, junto com setores produtivos e trabalhadores, nos anteciparmos para preservar os empregos e as empresas", pondera o secretário de Turismo do Estado, Vinicius Lummertz.

Em suma, o acordo permite que sejam concedidas férias individuais ou coletivas sem necessidade de comunicação prévia e facilidades de pagamento do benefício; redução dos salários em 25% com redução correspondente proporcional de jornada de trabalho pelo prazo de 120 dias; suspensão dos contratos de trabalho por 120 dias, substituindo o salário mensal pelo pagamento do abono indenizatório mensal, não inferior a 50% do piso salarial; e rescisão de contrato, no caso de impossibilidade de aplicação de qualquer medida, respeitando as cláusulas previstas na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).

"O acordo fechado é mais benéfico que o decreto editado pelo governo federal", diz o presidente do Sindicato Empresarial de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Osasco, Alphaville e Região, Edson Pinto. "No Estado de São Paulo temos 25 sindicados patronais associados, abrangendo todos os municípios. O acordo é o mais avançado do País. Não é um paliativo, mas sim uma resposta para que as empresas não quebrem e, consequentemente, evitando a demissão em massa. Com esta ação, se implementada em todo o Estado, estamos potencialmente preservando 1 milhão de empregos diretos", completa.

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