Da Redação   |   06/06/2018 09:53

Erupção do vulcão Kilauea ocasiona queda nas reservas do Havaí

Somente o mercado japonês não demonstrou retração frente ao ocorrido


Wikicommons / Ivan Vtorov
O vulcão entrou em erupção no último dia 3 de maio
O vulcão entrou em erupção no último dia 3 de maio
De acordo com os últimos números apontados pela ForwardKeys, os efeitos devastadores da erupção do vulcão Kilauea também afetaram o mercado do Turismo do Havaí. No primeiro quadrimestre, as reservas de voos internacionais (excluindo os Estados Unidos) cresceram 5,4%, frente ao mesmo período do ano passado.

Importantes mercados de origem demonstraram forte acréscimo antes do desastre natural, com Japão representando aumento de 4,5%; Austrália, 12,6%; China, 12%; Alemanha, 29,3%; e Nova Zelândia, 16%. A única queda foi registrada por parte do Canadá, com leve queda de 1,4%.

No entanto, este cenário mudou após a erupção do Kilauea no dia 3 de maio. O número de reservas entre os dias 3 e 31 de maio caiu 9,8%. A maior queda veio da Alemanha, registrando decréscimo de 47,7%, seguido pela China, com 39,8%, Austrália, com 32,2% e Nova Zelândia, com 27,5%. Os visitantes canadenses mais uma vez representaram importante parcela da queda, com diminuição de 23,2% dos turistas. Somente o mercado japonês não se retraiu e contou com crescimento de 10,6%.

O CEO e co-fundador da ForwardKeys, Olivier Jager, afirma que os japoneses normalmente são um dos primeiros a cancelarem quando acontecem qualquer ocorrência ou problema no destino.

“Nossa hipótese é que, como o Japão está situado no ‘Anel de fogo do Pacífico’ e conta com mais de 100 vulcões ativos, algumas notícias deixam de ser publicadas. Uma análise mostra que a exposição na mídia japonesa sobre a erupção do Kilauea responde a somente 0,2% do que foi divulgado em todo o mundo”, explica.

Embora as reservas de maio tenham sofrido, se mantém uma visão positiva ao longo dos próximos cinco meses. Até o final de outubro, as reservas estão 2,2% acima do que fora registrada no mesmo período do ano passado. Somente as reservas de junho e julho mostram declínio de 0,5% e 1,6%, respectivamente. Em contrapartida, agosto, setembro e outubro estão com crescimento médio de 5,6% para estes três meses.

Analisando mais uma vez os principais mercados de origem do Havaí, Japão estima aumento de 3,2%, enquanto Austrália, 6,7%; Alemanha, 6,8%; Nova Zelândia, 37%. Um dos fatores que levam a Nova Zelândia a ser um dos principais impulsionadores de reservas foi o incremento de 60% no número de assentos disponíveis entre junho e outubro.

“Dada a magnitude da cobertura da mídia, as reservas antecipadas para o Havaí estão surpreendentemente boas. Também estamos cientes de que a grande maioria dos visitantes japoneses e internacionais no Havaí fica em Honolulu, local diferente daquele onde o Kilauea está em erupção. Portanto, acreditamos que as mensagens do Governador e da Autoridade de Turismo do Havaí de que o vulcão está em um local remoto, a mais de 100 milhas das principais áreas turísticas e que as ilhas estão abertas para negócios, têm credibilidade e estão sendo atendidas”, finaliza Jager.

Outro destino que está sofrendo com a erupção repentina de um vulcão é a Guatemala, desta vez com mortes.

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