Juliana Monaco   |   22/01/2020 11:26

Intenção de consumo tem melhor índice em janeiro desde 2015

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o índice de Intenção de Consumo das Famílias chegou a 97,1 pontos em janeiro.


Pixabay/ jarmoluk
O indicador Acesso ao Crédito apresentou aumento mensal de 0,3%, após queda em dezembro
O indicador Acesso ao Crédito apresentou aumento mensal de 0,3%, após queda em dezembro
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o índice de Intenção de Consumo das Famílias chegou a 97,1 pontos em janeiro de 2020, alcançando seu melhor resultado para um mês de janeiro desde 2015. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve crescimento de 1,2%. Com o ajuste sazonal, o ICF apresentou uma retração mensal de 0,3%. Apesar de ser a segunda consecutiva na série dessazonalizada, a queda foi menos intensa do que a registrada em dezembro de 2019 (-0,8%).

“Os resultados estão alinhados com uma melhora da percepção econômica, já sinalizada pelo aumento da confiança dos empresários do comércio, que também teve seu melhor janeiro em anos. Os indicadores medidos neste primeiro mês traduzem uma recuperação gradual, impulsionados pela inflação baixa e redução nas taxas de juros”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

O item Acesso ao Crédito apresentou aumento mensal de 0,3%, após queda de 1,2% em dezembro, atingindo 91,7 pontos - o maior nível desde maio de 2015. Na comparação anual, o crescimento foi de 5,6%. Na esteira do crédito, cerca de 34,6% dos brasileiros avaliaram o momento como positivo para comprar esse tipo de bem, o maior percentual desde abril de 2015. Dos sete componentes do ICF, esse foi o que apresentou as maiores variações positivas em ambas as bases de comparação - mensal (3,3%) e anual (7,4%), chegando ao melhor patamar desde abril de 2015 (77,5 pontos).

Outro destaque foi o indicador Renda Atual, que apresentou alta de 3,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, chegando a 112,7 pontos e alcançando o maior nível desde maio de 2015. No comparativo mensal, esse item apresentou retração, assim como o Emprego Atual. Segundo a economista da CNC responsável pelo estudo, Catarina Carneiro da Silva, as quedas podem ser explicadas pelo fato de janeiro ser um mês no qual uma parte dos contratos de empregos temporários é encerrada. "Normalmente, também há uma redução de renda neste período, visto que os funcionários não sentem os efeitos do benefício do décimo terceiro e da disponibilidade do saque do FGTS, como em dezembro", explica.

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