Artur Luiz Andrade   |   03/11/2020 12:58   |   Atualizada em 03/11/2020 13:09

Mercado espera MP do IRRF com ansiedade e preocupação

Medida provisória estaria pronta, com expectativa de assinatura na próxima semana

TSA/Twitter
Viagem aos Estados Unidos pode estar em risco caso imposto não seja reduzido
Viagem aos Estados Unidos pode estar em risco caso imposto não seja reduzido
Mais de 90 países já estão reabertos para os brasileiros, incluindo alguns populares entre nossos turistas, como Argentina, Turquia, Peru e México. Porém, seis meses depois do veto da medida que reduziria novamente o IRRF sobre remessas ao Exterior para pagamentos de serviços de Turismo, o mercado ainda aguarda uma solução do governo.

Se seis meses atrás, em plena pandemia, as agências de viagens e operadoras se preocupavam com remarcações e cancelamentos, agora precisam fazer contas ou indicar destinos que tenham acordo de bitributação com o Brasil, para evitar o imposto de 25% (pela nova lei). E quando os Estados Unidos voltarem a aceitar turistas em voos do Brasil, o problema aumenta, com o custo do pacote inviabilizando a compra em milhares de agências.

Para as entidades, o imposto sequer deveria existir, por se tratar de bitributação, mas elas lutam para que ele volte aos 6,25% do acordo anterior. A barreira atualmente está na agilização das compensações previstas em lei. E isso precisa sair o mais rapidamente possivel.

Segundo o Portal PANROTAS apurou, a MP já está pronta, com a redução para a casa dos 6%, com previsão de ser assinada na próxima semana, com o lançamento do programa oficial do governo para a retomada das viagens. Esse imposto tira a competitividade de agências e operadoras contra a venda on-line em sites estrangeiros, o que levaria divisas para outros países e inviabilizaria o negócio para as empresas brasileiras, que também teriam de buscar alternativas que não favoreceriam a geração de empregos e impostos no País.

Fonte ouvida pelo Portal PANROTAS se diz esperançosa, pois o Ministério do Turismo entendeu e abraçou a briga do setor, e tenta convencer as demais autoridades do governo de que em plena retomada das viagens criar entraves não é uma boa política.

Mas se a MP não sair agora em novembro, mês que antecede a temporada de final de ano, preveem-se mais quebras e demissões no setor. “Um setor que responde por quase metade das demissões por causa da pandemia e que já fechou quase 50 mil empresas precisa sim de medidas específicas e urgentes, como a da MP do IRRF”, diz uma das lideranças do Turismo ouvidos pelo Portal PANROTAS.


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