Karina Cedeño   |   19/03/2019 13:08

Classe C prefere viajar a comprar; entenda esse consumidor

A atenção total a esse nicho de mercado pode fazer a diferença nos negócios das empresas


Marcelo Fonseca
O presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, divulga dados da pesquisa durante o Fórum PANROTAS
O presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, divulga dados da pesquisa durante o Fórum PANROTAS
A classe C ampliou seu horizonte de consumo e, hoje, tem mais acesso a bens do que há dez anos. Mas o mais interessante nisso tudo é que a classe C prefere viajar a fazer compras. Neste ano, em especial, o principal item de intenção de consumo desse público são as viagens nacionais, com 58% de preferência.

Os dados foram divulgados hoje pelo presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, durante o Fórum PANROTAS. A pesquisa também revela que dois principais vetores alimentaram a mudança de comportamento dos brasileiros nos últimos anos: mudanças socioeconômicas e democratização tecnológica.

Hoje são 137 milhões de internautas no Brasil e 75 milhões passaram a ser internautas nos últimos dez anos. “Mas é importante observar que, quando se fala em internet do ponto de vista do consumidor, não estamos falando de desktop, mas sim de celular. Ou seja, se as agências de viagens estão trabalhando só no desktop enquanto os consumidores estão no celular, é preciso fazer uma adaptação”, alerta Meirelles.

Tão importante quanto isso é saber que o maior mercado consumidor no Brasil não são as classes A, B ou C, mas sim os brasileiros com mais de 50 anos, que, ironicamente, são um público ainda ignorado pelas estratégias de marketing das empresas.

“Os brasileiros com mais de 50 anos movimentam R$ 1,8 trilhões de reais por ano e dos 54 milhões de brasileiros nessa faixa etária, só um terço acessa a internet, o que significa que sim, há muito espaço para que as agências de viagens off-line atuem”, ressalta Meirelles.

Por isso, atenção total a esse nicho de mercado pode fazer a diferença nos negócios das empresas, e as agências devem estar atentas ao modo como podem diferenciar seus produtos, sabendo direcioná-los ao público certo de consumidores e fazendo com que eles se identifiquem com o que vendem. “Apenas 11% da classe C se identifica com a forma como as propagandas representam as pessoas. Isso é um dado que deve ser levado em consideração pelas agências e empresas do Turismo”, conclui Meirelles.

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