Victor Fernandes   |   24/03/2020 11:44
Atualizada em 30/03/2020 13:20

Sebrae mobiliza apps de delivery em prol de pequenos negócios

A entidade acredita que as plataformas de entrega minimizarão os efeitos da crise nos pequenos negócios.

Divulgação
Após as recomendações de isolamento e a determinação de fechamento do comércio em muitas capitais brasileiras, o delivery está em alta. Uma boa opção tanto para os trabalhadores em home office, quanto para os restaurantes que não podem receber clientes em seu estabelecimento, os aplicativos de delivery estão recebendo apoio do Sebrae.

A entidade acredita que as plataformas de entrega minimizarão os efeitos da crise nos pequenos negócios, afetados pelas mudanças de rotinas, perda de clientes e quedas no faturamento. “As medidas anunciadas pelas empresas de aplicativos representam uma conquista inicial para o segmento, pois, aos poucos, pela livre concorrência, as plataformas devem oferecer cada vez mais benefícios”, afirmou o analista do Sebrae, Flávio Petry.

UBER EATS

Nesta segunda-feira (23), a Uber Eats anunciou que vai possibilitar aos donos de pequenos restaurantes que recebam pagamentos diários pelas vendas realizadas, em vez de receberem semanalmente. A ideia é gerar maior fluxo de caixa para garantir a manutenção dos negócios, permitindo o pagamento de fornecedores e funcionários.

Além disso, os restaurantes interessados em aderir ao serviço do Uber Eats serão autorizados com maior rapidez. As micro e pequenas empresas do segmento de alimentação também serão isentas da taxa de retirada quando os clientes fizerem o pedido pelo aplicativo, mas optarem por buscar a refeição no restaurante.

Por outro lado, para incentivar os consumidores a usar o serviço, o Uber Eats vai oferecer entrega grátis para quem fizer pedidos nesses restaurantes, considerados independentes (sem filiais), e vai intensificar as ações de marketing dos pequenos negócios, pelo próprio app e por e-mail, dando mais visibilidade aos empreendimentos locais.

IFOOD

O Sebrae também está apoiando o Ifood, e, nesta semana, devem lançar conteúdos para orientar os pequenos negócios na implementação do delivery, adequando o serviço aos procedimentos corretos e cuidados necessários para cumprir as fichas técnicas dos alimentos, com a definição de porções, dentre outras orientações. O aplicativo também anunciou uma série de medidas para apoiar os pequenos negócios. A partir de 2 de abril, o Ifood vai destinar R$ 50 milhões de sua receita na forma de um fundo de assistência a restaurantes, com foco nos pequenos estabelecimentos locais. O crédito será gerado por meio de isenção de taxas de intermediação dos serviços utilizados.

Para melhorar o fluxo de caixa, também antecipará os recebimentos dos restaurantes, sem custo adicional. Dessa forma, todo restaurante que optar por fazer parte dessa iniciativa, receberá seu pagamento em sete dias após a venda nos meses de abril e maio. A expectativa é injetar até R$600 milhões no mercado brasileiro. E, para minimizar o impacto ocasionado pela restrição de atendimento, nos casos em que o consumidor optar por ordenar o pedido via aplicativo, retirando diretamente no balcão dos restaurantes parceiros, o Ifood devolverá o valor integral arrecadado com as taxas de serviço aos estabelecimentos.

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