Victor Fernandes   |   10/12/2020 18:05 Atualizada em 10/12/2020 18:11

Startups latinas compartilham experiências e dicas no LatAm Talk

Os CEOs da Ayenda Hotels e da Keteka participaram de painel do LatAm Talk, evento da Phocuswright

Divulgação
Em painel do LatAm Talk, participaram Andrés Sarrazola (Ayenda Hotels), Kyle Wiggins (Keteka) e Tárik Potthoff (Pmweb)
Em painel do LatAm Talk, participaram Andrés Sarrazola (Ayenda Hotels), Kyle Wiggins (Keteka) e Tárik Potthoff (Pmweb)
Hoje (10), em mais um painel do LatAm Talk, evento da Phocuswright, empreendedores de startups do Turismo debateram o cenário de inovação na América Latina e as oportunidades e obstáculos que encontraram em seus percursos. Participaram da conversa o CEO da Ayenda Hotels, Andrés Sarrazola; e o co-fundador e CEO da Keteka, Kyle Wiggins; com mediação do CEO da Pmweb, Tárik Potthoff.

A Ayenda Hotels é uma rede de hotéis econômicos com operações na Colômbia e no Peru, que já cresceu de uma empresa de três pessoas para uma equipe de 120 funcionários. Para Sarrazola, o foco atualmente é entregar experiências onde a rede já opera e continuar crescendo independentemente, antes de pensar em expandir para outros países e competir com players maiores, como a Oyo Rooms. O CEO destacou que, como na América Latina a hotelaria independente ainda corresponde a grande parte do mercado, é possível competir justamente.

Andrés também explicou que durante a pandemia, o canal de venda direto da Ayenda Hotels continuou crescendo, assim como relataram redes hoteleiras em painel prévio do LatAm Talk. A rede de hotéis colombiana segue atendendo profissionais essenciais, como da área da saúde e transporte. "Na pandemia, focamos na nossa economia e em como atingir o nosso cliente de forma mais eficiente. Como empresa, precisávamos desse tempo para amadurecer como pessoas e profissionais", afirmou Sarrazola.

Já a Keteka, representada pelo seu co-fundador e CEO, Kyle Wiggins, é uma empresa que promove atividades turísticas na América Latina, focando nas comunidades locais. "Nós temos uma mentalidade de que podemos criar um negócio que seja rentável, mas que também tenha um impacto positivo nas comunidades locais. E diferentemente de grandes players, estivemos em contato com comunidades indígenas e guias locais, e entendemos que essas pessoas usam tecnologia sim, e assim criamos redes de contato com a comunidade", afirmou.

Para Wiggins, o setor de atividades ou experiências turísticas ainda é um dos mais fragmentados do Turismo, especialmente em mercados emergentes como a América Latina, proporcionando assim muito espaço para crescer e competir. "Ainda há dificuldades, mas usando a tecnologia e marketing digital a seu favor, produzindo conteúdo de qualidade, é possível competir com grandes players. Pensamos que no nosso setor, os grandes players são tão grandes que eles nem estão competindo no mesmo cenário que nós", afirmou o CEO da Keteka.

Ao encerrar o painel, o mediador Tárik Potthoff pediu para que ambos convidados compartilhassem dicas para empreendedores que estão pensando em criar suas próprias empresas, e tanto Andrés quanto Kyle concordaram que agora é um ótimo momento para começar um negócio. O CEO da Ayenda Hotels recomendou procurar os parceiros e investidores certos, enquanto o CEO da Keteka explicou que é um bom momento porque "a forma de fazer as coisas e oferecer produtos mudou, então há novas maneiras de trabalhar que ainda não foram descobertas".

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