Beatrice Teizen   |   24/09/2020 13:27

Manifesto pleiteia ações urgentes na indústria de eventos

Documento enfatiza o setor como ferramenta estratégica para impulsionar a recuperação da economia

A Ampro, em conjunto com mais 12 entidades ligadas à indústria de eventos e Turismo, assina o Manifesto da Indústria de Eventos, preparado pela Câmara Brasileira da Indústria de Eventos (CBIE). O documento, que será entregue aos interlocutores da Câmara nas três esferas governamentais, enfatiza os eventos como uma das ferramentas estratégicas para impulsionar a recuperação e a renovação da economia brasileira pós-pandemia.

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Manifesto da Indústria de Eventos, preparado pela Câmara Brasileira da Indústria de Eventos (CBIE), pleiteia ações urgentes no setor
Manifesto da Indústria de Eventos, preparado pela Câmara Brasileira da Indústria de Eventos (CBIE), pleiteia ações urgentes no setor
O Manifesto traz três pleitos considerados urgentes pelo setor: o apoio governamental para a indústria de eventos de imediato; a promoção e o incentivo para atração de investimentos públicos e privados nos próximos anos, com destaque para diversos pontos de execução imediata; e a incorporação de tais medidas nas Políticas e Estrutura do Governo, sem estarem atreladas somente à área do Turismo.

“É necessário reverter imediatamente a situação de total abandono dos governantes ao setor de eventos, como se fôssemos invisíveis, surdos e mudos. Temos sido negligenciados. Desejamos ser atendidos nas nossas reivindicações e ter a possibilidade de trabalhar com mais tranquilidade e de projetar novos negócios. É imperativo ter uma saída para não criar um fosso grande demais e o retrocesso se tornar inevitável e catastrófico. Desejamos seguir em frente e buscar as melhores saídas para o desenvolvimento, junto com os demais setores da economia brasileira”, diz um trecho do documento.

A carta enfatiza que a tarefa de reiniciar as economias devastadas pelos impactos da covid-19 precisa de ferramentas e plataformas robustas que possam promover ampla base de recuperação. Assim, apresenta pelo menos dez justificativas de como os eventos podem executar este papel.

O documento desmistifica também a ideia generalizada de eventos enquanto “aglomeração de pessoas”, quando cita como eles “ocorrem em um ambiente altamente controlado com fortes medidas sanitárias e de segurança em vigor, com informações detalhadas de rastreamento de contatos disponíveis”. Complementa ainda, que, “devido à natureza altamente estruturada dos eventos de negócios e instalações (equipamentos), essas atividades representam uma forma muito mais segura de reunir pessoas, comparadas a outras formas de reuniões públicas.”

“O manifesto reflete fielmente a posição da Ampro. Está na hora dos eventos serem percebidos como atividade estratégica para movimentar a economia e gerar empregos”, afirma o presidente executivo da associação, Alexis Pagliarini.

A indústria de eventos impacta mais de 50 setores da economia e movimenta, anualmente, no País, mais de R$ 930 bilhões, o que representa quase 13% do PIB – índice maior que o das indústrias automobilística, farmacêutica e a petrolífera –, com a geração de 25 milhões de empregos diretos e indiretos. O Brasil organiza e recebe cerca de 590 mil eventos anuais e a paralisação do setor já causou prejuízos estimados em mais de R$ 200 bilhões.

Junto com a Ampro, assinam o Manifesto da CBIE: Abeoc Brasil, Abeform, Abrace, Abrafesta, Abrape, Academia Brasileira de Eventos e Turismo, Alagev, Apresenta, Eventpool, Ifea (International Festival & Events Association), Unedestinos e Skal Internacional Brasil.

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