Beatrice Teizen   |   26/05/2022 13:56   |   Atualizada em 26/05/2022 13:58

Eventos continuarão misturando presencial com virtual

Tema foi discutido hoje (26) em reunião global da Alagev com suas comunidades, em São Paulo

Com o tema “Relação cliente e fornecedor na era digital e no pós-pandemia”, a Alagev realizou nesta quinta-feira (26) sua reunião global com participantes de suas comunidades no Tivoli Mofarrej São Paulo. Com dois painéis, o encontro discutiu assuntos pertinentes ao setor, além de tendências, tanto na perspectiva dos eventos, quanto das viagens corporativas.

PANROTAS / Emerson Souza
Tricia Neves, da Mapie, mediou o painel com Patrícia Segatto e Juliana Aranega, da MPI Brazil, e Juliana Patti, da Alagev
Tricia Neves, da Mapie, mediou o painel com Patrícia Segatto e Juliana Aranega, da MPI Brazil, e Juliana Patti, da Alagev
“Profissionais de eventos gostam muito de olho no olho, existia um preconceito de que on-line não funcionava, mas descobrimos que funciona, sim, e que irá continuar. Não vejo tudo voltando para o presencial. O virtual tem vida longa para alguns casos e veio para ficar”, diz a presidente da MPI Brazil, Juliana Aranega.

Neste cenário, os eventos podem se adaptar e se encaixar em novos formatos que, antes, não eram muito comuns. O presencial jamais vai acabar e o digital também não será descartado, por isso, o híbrido segue em alta.

“Uma convenção de cinco dias, por exemplo, por que não fazer três dias presencialmente e dois, se for algo mais de treinamento, de maneira virtual? Não vai voltar para como era antes, mas é preciso fazer um balanço. Ficamos dois anos só no on-line e, agora, é a hora de buscar equilíbrio e tirar proveito de tudo isso que surgiu”, afirma a presidente da Alagev, Juliana Patti.

Muitos participantes, inclusive, estão exigindo por essa necessidade de o evento ser híbrido, aponta Juliana Aranega. “Convidamos para um encontro que será só presencial e acontece de o participante perguntar sobre o virtual, pedir por um link. E não podemos ignorar isso. Ainda é desafiador fazer um evento híbrido, são dois roteiros diferentes, duas jornadas completamente distintas, mas acho que não vamos conseguir fugir disso e seguiremos fazendo.”

BUDGET VS CRISE
Os budgets das empresas para eventos – e viagens corporativas – reduziram e foram realocados desde o surgimento da covid-19. As companhias repensaram o modo de viajar e de entregar resultados. Mas é preciso ter em mente que, justamente por conta da crise, os custos de todos os mercados e setores mudaram.

“Os budgets reduziram, mas tivemos uma crise. Não podemos fazer o comparativo de antes. A questão de oferta, de combustível, tudo mudou, o parâmetro é outro. Vejo muitos profissionais sofrendo fazendo comparativos em vez de traçar cenários. A tomada de decisão deve ser baseada no presente e não no comparativo”, explica a presidente eleita da MPI Brazil, Patrícia Segatto.

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