Felippe Constancio   |   26/08/2016 10:31

Hostels de luxo decolam nos Estados Unidos e na Europa

Ao aliarem design e serviço de qualidade a preços competitivos, albergues de alto padrão vêm virando preferência de abonados que preferem locais propícios a amizades temporárias a que solitários quartos de hotéis, virando opç&a


Divulgação Stay Inn

Se a era do Airbnb gera alvoroço entre os viajantes corporativos mais jovens e as TMCs por conta da incerteza sobre a segurança, talvez o conceito de hostel de luxo resolva a questão dos engravatados e executivas com alto apreço por aventuras e experiências em viagens.

Ao aliarem design e serviço de qualidade a preços competitivos, albergues de alto padrão vêm virando preferência de abonados que preferem locais propícios a amizades temporárias a solitários quartos de hotéis, virando opção até para quem viaja a trabalho ou mesmo em família.

Inaugurado em 2012, o primeiro albergue de luxo norte-americano, o Freehand, por exemplo, é um dos vanguardistas do modelo de negócios cujos serviços e padrões de qualidade convergem com hotéis mais acessíveis de grandes redes como Accor e Marriott.

Criado a partir da nostalgia de seu fundador, que teve a chance de compartilhar o melhor de sua juventude quando passava o verão em Nova York, a ideia do Freehand era recriar o espírito comunitário vivido por aquele que hoje é CEO da marca, Andrew Zobler, em seus tempos de Hamptons e Fire Island. Hoje, a marca tem unidades em Chicago e aberturas programadas em 2017 em Los Angeles e Nova York.

"Quando começamos em 2012, o Freehand era apenas experimento", conta o hoteleiro.

Com o blur que atenua cada vez mais a linha que distingue hostel de hotel - tanto em clientela quanto aparência - , acomodações low cost com high quality vêm aparecendo cada vez mais também na Europa. Lloyed, Carlton e Klein são alguns dos estabelecimentos do centro de Frankfurt, na Alemanha, que impressionam pela oferta de quartos comunitários e privados com decoração tão encantadora quanto seu wifi.

Divulgação Generator Stockholm

Como observa o diretor global de Oferta do mecanismo de reservas Hostelworld, Paul Halpenny, a transição dos profissionais de hotéis para redes de hostels tem ocorrido de forma natural e contribuído para o avanço qualitativo dos serviços dos albergues. “Eu não teria nem chegado perto de um albergue nos meus primeiros anos, mas agora eles são um produto de alta qualidade. Hoje em dia, a única coisa que os albergues não têm é serviço de quarto”, disse o executivo à Bloomberg.

“O setor mudou muito nos seis anos em que estive aqui.”

Segundo a agência de notícias, cerca de 80% dos hóspedes que não fazem parte da geração Y se dizem satisfeitos com a hospedagem nos hostels, enquanto 5% se dizem desapontados.


*Fonte: Bloomberg

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