Victor Fernandes   |   17/08/2022 10:19   |   Atualizada em 17/08/2022 13:42

Viagens corporativas movimentam R$ 8,57 bilhões em maio no Brasil

Resultado indica alta de 171,7% no comparativo com 2021 e se equipara ao registrado em maio de 2019

PANROTAS / Emerson Souza
Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Alagev
Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Alagev
A Alagev e a FecomercioSP divulgam nesta semana o seu Levantamento de Viagens Corporativas (LVC) referente a maio. O estudo realizado em parceria entre as instituições aponta que a movimentação das viagens corporativas pelo Brasil foi de R$ 8,57 bilhões no quinto mês deste ano, o que indica crescimento de 171,7% em relação ao mesmo período de 2021. O valor se equipara ao registrado em maio de 2019 – pré-pandemia –, quando o faturamento foi de R$ 8,63 bilhões.

O resultado se deve a alguns fatores importantes: à volta de investimentos em eventos e feiras por todo o País e à retomada das viagens de negócios, da alta dos juros e da inflação e do aumento do preço dos combustíveis, que atinge principalmente o setor de aviação – as passagens aéreas, em média, subiram 122% em 12 meses. “Mesmo com a economia ainda em recuperação, estamos conseguindo retomar os patamares pré-pandemia, e acreditamos que a tendência seja um fortalecimento ainda maior do setor nos próximos meses, ainda que o custo médio para eventos e viagens corporativas esteja elevado”, afirma a diretora executiva da Alagev, Giovana Jannuzzelli.

Para Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, o Turismo de negócios sempre se caracterizou pela alta demanda de serviços mais caros, especialmente pelo curto prazo entre decisão e compra. “A revisão das prioridades em relação à produtividade desejada e o orçamento disponível causou alterações que podem não trazer os números aos mesmos patamares de 2019, o que não implica em menor faturamento. Mudança de padrões, de destinos ou mesmo de estratégias já estão em curso e irão marcar significativamente o ano. O alerta principal se dá para empresas cujos orçamentos de viagens são definidos com muita antecedência – o efeito da inflação nos preços (especialmente de passagens) pode reduzir significativamente o volume de viagens no segundo semestre", comentou.

METODOLOGIA
O LVC é realizado mensalmente pela FecomercioSP em parceria com a Alagev. Os dados são coletados de pesquisas do IBGE, a Pesquisa Anual de Serviços e Pesquisa Mensal de Serviços. São levados em consideração setores como transporte aéreo e rodoviário, meios de hospedagem, restaurantes, agências e operadoras, locadoras de veículos, eventos culturais, entre outros. Contudo, o LVC não tem por objetivo trazer de forma detalhada essas informações, mas sim uma dimensão desse mercado de viagens corporativas. A partir das informações levantadas, é feito um extenso trabalho estatístico de ponderação para se chegar ao valor do faturamento nacional do setor de viagens corporativas. Os valores são atualizados pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE.

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